quinta-feira, 22 de abril de 2010

Os caminhos e pensamentos do Senhor são mais altos do que os nossos.

Reunião de 27 de março de 2010.

A respeito da vida do Roberto que nos deixou para estar com o Senhor, todos estamos sendo consolados pelo Senhor.
Ele é o Deus de toda a consolação – (2 Co 1.3-4).

Alguns podem ter se perguntado:
- Por que aconteceu isto com o Roberto? Tão jovem, com uma família ainda jovem, no início do ministério, com toda a graça e dons com que servia ao Senhor, com uma intensidade evangelística como poucos.

Ou
- Porque não foram ouvidas as nossas orações?

Ou
- Será que oramos pouco? Ou será que não tivemos fé suficiente?

Ou
- Mas eu ouvi que algumas pessoas trouxeram palavras de cura. Porque não se cumpriram? Será que estas pessoas são falsos profetas?

Ou
- Será que as coisas fugiram do controle de Deus?

O que Deus quer nos ensinar com esta experiência.

1) Em primeiro lugar precisamos saber que não passar pela morte só tem uma exceção: o arrebatamento. Fora disso, todos passaremos pela morte.

Passar por tribulações e doenças não é necessariamente por falta de fé, ou por que estamos em pecado deliberado contra Deus.

Jacó morreu de uma enfermidade (Gn 48.1), mas foi usado por Deus nos seus últimos dias para abençoar todos os seus filhos e por conseqüência toda a nação de Israel, e por conseqüência toda a terra.

Eliseu padeceu da enfermidade de que havia de morrer (2 Rs 13.14), mas isto não foi impedimento para que ele continuasse a ser um instrumento nas mãos de Deus, ainda depois de sua morte (2 Rs 13.20-21).

Paulo passou por enfermidades físicas (Gl 4.13)

2) Morrer com 42 anos ou 84 anos ou 126 anos, para nós tem muita diferença, mas para Deus a nossa vida é como um sopro – Sl 144.4

3) A vontade de Deus é maior que o nosso desejo e orações.

4) Sabemos que as experiências dolorosas também são instrumentos de Deus para o nosso crescimento espiritual (Rm 5.3-5).

Em Rm 12.2 está escrito sobre a BOA, AGRADÁVEL e PERFEITA VONTADE DE DEUS.

Ela é boa para Deus e para nós também.

Ela é agradável, ou seja, ela não produz desagrado, desgosto em nós.

Ela é perfeita, isto é, não encontramos nenhum defeito na vontade de Deus.

Para experimentarmos esta boa, agradável e perfeita vontade de Deus, precisamos ser transformados pela renovação da nossa mente.

Como é a mente natural? Ela só entende as coisas de forma natural, e não aceita as coisas do Espírito de Deus (1 Co 2.14).

Isaías, um dos profetas do Antigo Testamento diz:

Is 55.8-9 – “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos”.

E Jeremias, outro profeta de Deus, diz: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” (Jr 29.11)

Deus quer fazer conhecida a sua vontade a todos nós.

Como vamos entender a vontade de Deus?

No Salmo 103.7 vemos que Deus mostrou aos filhos de Israel os seus feitos, mas a Moisés os seus caminhos. Há nisto uma grande diferença. Moisés não via só as maravilhas do Senhor, mas Deus mostrava os caminhos a seguir apenas para Moisés. A vontade de Deus só Moisés compreendia (Nm 12.6-8)

A orientação de Deus não surge automaticamente. Não se pode apertar um botão, abrir a Bíblia ao acaso, em busca de um versículo qualquer, ou dar ouvido a vozes.

Deus nós dá alguns recursos para entender os seus caminhos. E. normalmente, une vários destes recursos para nos dar a certeza de sua vontade.

Dentre estes recursos podemos citar:

a)a palavra de Deus – Jo 8.31-32; Hb 4.12; 2 Tm 3.16.
b)o Espírito Santo – Jo 16.13
c)a providência de Deus – Não depende de algo que vamos buscar, é Deus direcionando todas coisas quando não estamos tendo consciência do que Ele está fazendo. A vida de José está cheia destas experiências.
d)a paz do Senhor – Cl 3.15.
e)as circunstâncias – Rm 8.28.
f)a palavra profética - 1 Co 14.3
-ela sozinha não pode nos direcionar. Temos que saber se o espírito que fala é de Deus, de satanás, ou da nossa própria alma (1 Jo 4.1)
-a palavra profética tem que cumprir um destes fins: edificar, exortar e consolar (1 Co 14.3)
-Deus revela aos profetas a sua vontade (Am 3.7). O que Deus diz é o que Ele vai fazer. Não depende, em primeiro lugar da nossa fé.
-A palavra profética precisa ser julgada (1 Co 14.29). Que julgamento é este? É discernir se aquela palavra é do Senhor ou não.
Não somos ordenamos a julgar o profeta, mas às vezes vamos ajudá-lo a discernir se o que ele está ouvindo é do Senhor ou não.
g)Anjos, visões, sonhos – At 10.1-8; At 9.11-13


O que temos que saber é que há um caminho perfeito para as nossas vidas.

O caminho do Senhor é perfeito, Ele preparou o Roberto, sua família e a igreja para a sua partida.

Vejamos:

a)o Senhor tinha ordenado ao Roberto para ordenar a sua casa (2 Rs 20.1).
b)Deus já havia mostrado para algumas pessoas que o Senhor o levaria.
c)Uma palavra que a Ana havia recebido do Senhor e que a levava a crer na cura do Roberto, o Senhor mostrou para ela, com o Roberto ainda em vida, que se referia à vida do Roberto na presença do Senhor.
d)Deus usou a enfermidade do Roberto para que muitos escutassem do evangelho no hospital, sendo o Thales, um destes frutos.
e)Deus usou a morte do Roberto para muitos escutarem o evangelho no dia do seu enterro.

Diante disto, podemos tomar duas atitudes:

a)ficarmos revoltados contra Deus; incrédulos; desconfiando de palavras proféticas; condenando os outros irmãos porque não creram suficiente na cura do Roberto; etc.
b)ou nos levantarmos em fé, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé e continuar correndo a carreira que nos está proposta pelo Senhor (Hb 12.1-2). O Roberto completou a carreira, mas nós ainda não. Deus está usando esta experiência para nos levantar em fé e obediência completa a Ele. Desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia.

Levantemos e prossigamos para o alvo (Fp 3.12-14). Esqueçamos das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigamos para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.

Ministrado por Gilberto Daniel

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